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Mostrando postagens de 2011

Vivência de Palhaçaria, por Nelson Junot Borges

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O primeiro contato com a palhaçaria surgiu de uma necessidade acadêmica e da curiosidade em respeito a uma oficina de palhaços. Com um misto de medo e ansiedade, fui conhecendo melhor e começando a entender que esta seria uma experiência que me traria uma profunda transformação, tanto na maneira de pensar quanto de agir. As primeiras aulas foram importantes para entender a teoria da palhaçaria. Saber que o palhaço se diferencia por se colocar como alvo do riso foi como a descoberta de uma coisa óbvia, que para mim, e acredito que para muitos, não era percebida. O contato com outros palhaços, de diferentes lugares, permitiu um mergulho no mundo da palhaçaria, despertando uma empolgação quase que adolescente. Ver aquelas pessoas falando com tamanha paixão do dia a dia e falando das dificuldades e recompensas de ser palhaços e palhaças, mostrando a possibilidade de explorar seus próprios “problemas” foi um grande estímulo para a continuidade do trabalho. Passado o encantamento inicial,

"Ou toca ou não toca"

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Apresentação artística final da componente curricular Ação Artística 2 ministrada pelo Prof. Dr. Sérgio Farias e o Prof. Dr. Demian Reis no IHAC/UFBA no segundo semestre de 2011.

"Arrumação"

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Apresentação e processo final de curso de Improvisação e palhaçaria oferecido na componente curricular Laboratório de Criação e Prática Artística no IHAC/UFBA pelo Professor Dr. Demian Reis no segundo semestre de 2011. Com a participação de Aline Carvalho, Caio Lemos, Claudia Pires, Flavio Ferreira da Silva, Guilherme Britto Storti, Iracerra Almeida de Lima Barreto, João Gabriel Lo Bianco Carvalho, João Pedro Matos, Joeli da Silva Diniz, Livia Michele Carlos Pinheiro, Lucas Andrade de Oliveira, Luciana Barbosa Rodrigues, Luisa Alessandra Figueiredo, Nelson Junot Borges, Ninete Alves de Jesus, Oaiana Sa Marques, Rosana Silva de Jesus, Silvana Vieira Argolo, Stephanie Ferreira Ferretti, Valnea Vilas Boas.

"E eu vou ficar sem comida?"

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Apresentação de trabalho artístico final da componente curricular Técnias básicas para teatro ministrado pelo Prof. Dr. Demian Reis no IHAC/UFBA no segundo semestre de 2011. (Direção: Demian Reis. Elenco: Anna Brandão, Davi Novaes de Albuquerque, Ítalo Ribeiro da Costa, Luis Gustavo Souza dos Santos, Mayara Santana de Freitas, Pedro Almeida, Rafael Cardoso, Vinicius Arnaut, Virginia de Andrade Santiago, William Fabian Machado Vera e Ylena Airam Ribeiro Matos.)

RESENHA sobre o Coringa em “Batman- O Cavaleiro das Trevas”, por Lívia Michele Carlos Pinheiro

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Começo fazendo uma pequena sinopse do filme “Batman – O Cavaleiro das Trevas”. Neste a máfia de Gotham City é combatida pelo Tenente Gordon e pelo íntegro promotor Harvey Dent com a ajuda do Batman. Mas os criminosos viram o jogo quando recebem a ajuda do traiçoeiro e brilhante Coringa, que espalha uma onda de terror por Gotham ao manipular, com precisão, o medo da população da cidade. No fundo, Batman - O Cavaleiro das Trevas, é um filme que mexe com os segredos mais bem guardados da psique humana. Tudo aquilo de ruim que tentamos esconder na sombra de nossa imagem pública, O Cavaleiro das Trevas revela, ridiculariza, ateia fogo e se embriaga com nosso medo. O principal condutor desse turbilhão de sentimentos e reflexões é o vilão da história: o Coringa. Imprevisível, manipulador, sempre ameaçador e freqüentemente engraçado. Ele entende que Batman, mais do que um justiceiro, é a figura que dá sentido à sua existência enquanto vilão propagador do caos. Mais do que dinheiro, ele d

"A verdade em jogo ou os papéis da palavra verdade no jogo do faz de conta", Meran Vargens, resenha por Virgínia de Andrade Santiago

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Com o objetivo de trabalhar o valor da palavra verdade no trabalho técnico-expressivo vocal do ator, a atriz, diretora e professora de Teatro Meran Vargens, inicia seu texto trazendo para o trabalho do ator a perspectiva do jogo de faz de conta. Ela busca, assim, facilitar a incorporação e desincorporação de personagens pelo intérprete, fazendo com que ele entre e saia do papel que lhe foi incumbido com mais facilidade. Assim como o trabalho da voz, para Vargens, na dinâmica do jogo favorece ao ator ter uma maior expressividade nas suas esferas física, mental, energética e estética-poética. Contudo, esse jogo possui regras. Ao contrário do jogo de faz de conta das crianças em que elas jogam consigo mesmas, o jogo dos adultos, do teatro exige a presença do espectador, com quem o ator forma um elo em que ambos definem em si condições específicas de consciência. E, se quebrada essa ligação, o jogo é abalado e dá espaço à mentira. Por isso o papel tão importante da verdade na produção t

a minha avozinha, por Cristiane Grando

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poema inspirado no espetáculo “Los cuentos del rebozo”, do grupo Aquelarre Teatro (México) “… só quem renunciou a si mesmo e a controlar sua vida” despertará espontaneamente… “La iluminación zen”. Rubén H. Ríos vive longe a minha avozinha e eu lhe escrevo conto contos de todas as partes do meu país  encho minha memória de pássaros e fotos para lhe mostrar em um contínuo estado de paz a fluidez e a liberdade do mundo: a clara consciência das folhas ao escrever e ler contos para a minha avozinha sou espontânea sem querer sê-lo escrevo sem apegar-me a nada para perder-me em minhas histórias e jamais encontrar uma saída lógica porque mais vale a imaginação (iluminá-la no meio da noite) e porque tudo se transforma

“O riso dos Hotxuás” e intercâmbio de palhaçaria por Nelson Junot Borges

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           O  contato com um mundo diferente do que estamos inseridos e acostumados pode nos fazer refletir e reparar como as vezes não damos o verdadeiro valor a coisas que parecem pequenas ou passam desapercebidas em nossas vidas. Durante um curto período pude ter uma breve convivência com Ahprac Krahô, um índio da tribo Krahô que passou uma curta temporada em Salvador a convite do professor e palhaço Demian Reis para um “intercâmbio de palhaçaria”. Ahprac é um Hotxuá, espécie de palhaço da sua tribo e foi uma das atrações do HeinComTraço, que ocorreu na capital baiana durante o mês de outubro de 2011. Ele fez algumas participações e exibições durante a aula e no IHAC, o que nos permitiu conhecer um pouco mais da sua realidade.             O primeiro ponto que me chamou atenção no índio foi o orgulho e a preocupação que ele apresentava com a sua língua. Ele sempre fazia questão de falar tudo duas vezes, a primeira em Krahô e a segunda em português. O que aos ouvidos de muito pode p

aquele sorriso (poema para Tataravó) por Cristiane Grando

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“Tataravô” / “Tatarabuelo”: Alexandre Casali, Celo Costa, Demian Reis. Arquivo / Archivo: FITIJ. aquele sorriso são amorosos e espontâneos os baianos! para os meus amigos Paloma Jorge Amado, Alê Casali, Demian Reis, Celo Costa e Alexandre Carvalho poema inspirado no espetáculo “Tataravô” (Brasil) o sorriso vem de dentro sim o meu corpo está pedindo um sorriso de dentro dos olhos um sorriso que de dentro venha dos olhos que vale mais que mil sapatos porque posso andar descalça a pé posso eu posso andar por isso sou viajante e canto e choro de alegria e saudade sou caminante sou uma e só caminho pelas ruas praças, portos, estradas de terra voo por meu país e por tantos outros sempre em busca de um sorriso de um palhaço daquela infância perdida no tempo ou de um amigo antigo de um novo amigo talvez para que me reencontre ao lhe dar um beijo no rosto ah, deixa entrar a luz do vento o sorriso nos olhos o voo deixa entrar meu coração não se cansa canta o Caetano o coração não

Resenha de Banquete 1, Terrorismo Poético (Thiago Enoque) por Lucas Andrade de Oliveira

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           Fui ao teatro Gamboa Nova sem muita expectativa pois não sabia o que eu iria encontrar,  não tinha escutado ninguém falar sobre a apresentação, e só o que eu sabia era o que estava escrito no panfleto do Gamboa que falava sobre um espetáculo de transgressão e bufonaria.             No momento em que me sentei no teatro, eu estava emocionalmente neutro e um pouco cansado. A apresentação começou, o palhaço Sabiá entra com um cesta de frutas e uma mesa dobrável no braço, daí ele começa a fazer um número com a mesa fingindo que não conseguia abri-la e se embolando com ela seguido de algumas pantomimas com uma “abelha imaginária”.             Eu não estava achando aquilo engraçado, não via nada fora do convencional e esperado, senti até um pouco de vergonha por ele porque ninguém estava rindo... queria esboçar um sorriso solidário. Pensei “Bufonaria? Transgressão? Miserável, usou um golpe de marketing!”, pensei também que ele poderia ser principiante.             Então ele rea

Tataravó apresenta em Santo Domingo, República Dominicana no Festival Ibero-americano de teatro infanto-juvenil, 2011.

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Resenha sobre o Grande Hein?contraço de Palhaços por Valnéa Almeida Vilas Boas

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Assisti aos espetáculos do Heimcontraço de palhaços no Campo Grande no domingo dia 23 de Outubro de 2011 e fiquei encantada com a beleza dos números, a primeira apresentação foi do Grupo Nariz de Cogumelo, daqui mesmo de Salvador, com o espetáculo “O Salone”.  Eles encenaram em trio os episódios que se passavam em um salão de beleza, com uma faxineira chamada Fura bolo que gostava de cantar e dançar enquanto varria o salão, o Cabelereiro estressado (Penthola) que perdia a paciência com as trapalhadas de Fura bolone (como ele chamava a faxineira) e a cliente que ele também chamava de Clientone. Inicialmente a dupla Fura-bolo e Penthola fizeram uma apresentação em que pude observar características do Branco e Augusto, porque o cabeleireiro sempre fazia a faxineira de boba, era o autoritário, o que mandava fazer, e ela ia lá e fazia, tudo atrapalhado como tinha de ser, e dessa forma arrancava muito riso da platéia,  depois de um tempo entra a terceira personagem que é a cliente e esta d

Chegamos ao último final de semana do Grande Hein?ComTraço de Palhaço!!! Este SÁBADO, às 18h na Pituba teremos como convidados especialíssimos Os Caras do famoso, sensasional e internacional (ui!) "TATARAVÓ"!!!

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                                                                                            Foto: Anderson Zeg   Assisti ao espetáculo de palhaçaria de rua denominado “Tataravó” com os atores Demian Reis representando o “Super Tezo”, Alexandre Luis Casali representando o “Bat Fofo” e Celo Costa representando o “Trilili” cantando e encantando a todos com os ritmos da sanfona. Encantou-me a aparente simplicidade das ações que faziam todos da platéia rir. Percebi que algumas destas atitudes que levavam todos ao riso foram trabalhadas em sala de aula, como a “presença” do Augusto, interpretado pelo “Bat Fofo” e do Branco, interpretado pelo “Super Tezo” com suas inerentes peculiaridades como o jeito bobo e mais sério, respectivamente, de cada personagem. Notei como o Demian frisa na sala de aula, que é possível interpretar ambos os palhaços dependendo de quem seja a sua dupla e esta capacidade de se reinventar e interpretar palhaços diferentes está presente nos grandes atores. Por exemplo

Caminho Alegre da Boa Fortuna

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"Em geral, os fenômenos impermanentes têm dois tipos de causa: a causa principal, ou substancial, e as causas secundárias, ou contribuintes. Visto que felicidade é um estado mental, sua causa principal também tem de ser um estado mental. Outras coisas, como amigos, riqueza, trabalho e férias, atuam apenas como causas contribuintes de felicidade. Sabemos disso por observação. É evidente que algumas pessoas reuniram muitas causas contribuintes de felicidade, como riquezas e parceiros, e, apesar disso, continuam sentindo dor e insatisfação. O motivo é que elas não possuem o estado mental que é a causa substancial de felicidade. Uma vez que felicidade é um estado mental, vemos o quanto é enganoso depositar nossas expectativas de prazer e de contentamento em posses transitórias." Geshe Kelsang Gyatso, Caminho Alegre da Boa Fortuna, São Paulo: Tharpa Brasil, 2010. p.191.

participação de Demian Reis e Ahprac Krahô no Heincomtraço de palhaço no Campo Grande 16 de outubro de 2011

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RESENHA sobre “O Riso dos Hotxuás” – Ricardo Puccetti por   Lívia Michele Carlos Pinheiro O texto O riso dos Hotxuás , trata-se de um relato das experiências e das reflexões vividas por Puccetti durante sua estadia na tribo dos índios Krahôs, em Tocantins, para a filmagem de um documentário dirigido por Letícia Sabatella e Gringo Kardia. Este documentário teria como enfoque o Hotxuá, espécie de palhaço presente na tribo dos Krahôs. A partir deste texto, da apresentação do Hotxuá Ismael Ahprac no projeto Heincomtraço na Praça Ana Lúcia Magalhães, na Pituba, no dia 8 de outubro de 2011, do encontro com este hotxuá em uma das nossas aulas e da palestra Hotxuá e palhaço: intercâmbio e interações, levantei algumas considerações e reflexões sobre essa prática na tribo dos Krahôs destacando semelhanças e diferenças com o palhaço da nossa cultura. Segundo Puccetti os Hotxuás estabelecem uma função social e são muito respeitados em sua tribo. Função esta de levar o riso às pessoas como f

Hotxuá e Palhaço: intercâmbio e interações (Salvador 8-16 de outubro 2011) Confira a Programação completa.

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Auditório do CRH Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas/ UFBA. Demian Reis, Ismael Ahprac Krahô e Maria Rosário Carvalho.

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Hotxuá e Palhaço: intercâmbio e interações (Salvador 8-16 de outubro 2011)

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Hotxuá e Palhaço: intercâmbio e interações Vivência Exposição no Palacete das Artes Museu Rodin Bahia 12 de outubro de 2011 (10h-18h) A exposição que integra o evento “Hotxuá e Palhaço: intercâmbios e interações” tem o espírito de compartilhar uma pesquisa de Pós-Doutorado que está sendo realizado junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas e o Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFBA sob a supervisão do Prof. Dr. Armindo Bião que está em andamento e que tem como foco a tradição do riso dos hotxuás, um dos aspectos do riquíssimo complexo cultural Krahô, etnia indígena situada no norte de Tocantins. Em especial ela se volta e homenageia o interlocutor principal da pesquisa o hotxuá Ismael Ahprac Krahô, residente na aldeia Manoel Alves, município de Itacajá, estado de Tocantins. Entre diversas funções, papéis e atribuições que cumpre estão o de líder do conselho da aldeia, diretor de ritos, chefe de família, roceiro, caçador e artesão. Herdou ta

Hotxuá e Palhaço: intercâmbio e interações (Salvador 8-16 de outubro 2011)

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RESENHA Por Rosana Silva de Jesus[1]

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                Palestra-debate: Palhaçaria em Pauta, IHAC/UFBA, 2011. REIS, Demian. Caçadores do riso: o mundo maravilhoso da palhaçaria . 2010. Tese (Doutorado em Artes Cênicas) Escola de Teatro, Universidade Federal da Bahia, Bahia. 2010. A expansão da dramaturgia trouxe possibilidades para se pensar as diferentes formas de atuação dentro desse campo. Então, Demian Reis na introdução da sua tese de doutorado “ Caçadores do riso: O mundo maravilhoso da palhaçaria ” faz uma abordagem da sua pesquisa sobre a dramaturgia do palhaço, a qual chama de palhaçaria. Desse modo, também busco relacionar as reflexões contidas na introdução da tese com as experiências vividas nas aulas do Laboratório de Criação e Práticas Artísticas e também com a palestra Palhaçaria em Pauta. Na palestra Palhaçaria em Pauta (PP), Reis expôs a sua metodologia de pesquisa para explicar como conseguiu identificar as diferentes estratégias usadas na palhaçaria. Para isso, ele assistiu aos espetáculos, em difer