Espetáculo Circense Moças Aéreas




Elenco:
Comandante:
Beto Portugal

Comissárias:
Aisha Brito, Annalice Mascarenhas, Brisa Valente, Clara Dominguez, Cris Jalil, Jana Serrat, Raquel Quesado, Renata Pezotta, Rosi Roedel Sara pontes, Catharina Carvalho, Nina Porto e Carol Guedes.
Direção:
Luana Serrat


Tudo começa como se nós (a plateia) fossemos os passageiros de uma aeronave prestes a decolar, a comissária então começa dando as orientações habituais de como devemos proceder durante uma possível emergência, só que de uma forma cômica, mexendo com o imaginário de todos e fazendo com que a plateia desse boas risadas, logo depois o Comandante anuncia a decolagem da aeronave.
Começa o espetáculo propriamente dito, todos os personagens são mulheres, com exceção de dois carregadores de bagagens e o Comandante, o show é basicamente delas. No primeiro número as aeromoças, (12 no total) fazem sua preparação onde dez ficam por trás da rampa segurando um arco em forma oval defronte do rosto como se estivessem nas janelinhas da aeronave, enquanto as outras duas executam o número, cada uma num circulo, dando piruetas e fazendo movimentos aeróbicos no ar, para delírio da plateia a apresentação foi muito bem executada, a fusão da dança com a ginástica ao som de uma música muito contagiante, daquelas que deixam nossos pelos arrepiados, o sangue fervilhando e o suspense no ar, até que chega o fim da apresentação e, conseguimos respirar com um misto de alivio e completamente extasiados pela perfeição e sincronização das meninas.
Depois veio a equipe responsável pelas bagagens, e quem pensou que iria ser menos envolvente se enganou redondamente, pois os três deram um show de malabarismo com as malas, e no final uma mala é colocada no centro da rampa de onde saem às aeromoças uma por uma e fazem um musical também muito envolvente.
 Ao saírem entra a palhaça do grupo, que se dirige até o público e escolhe um espectador, nesse caso um senhor, (que interpreta tão bem o seu papel que chega a me enganar, achei que ele fazia parte do número, só no final é que fica claro se tratar apenas de um espectador) onde ela dramatiza uma situação de encontro e desencontro usando pedaços de canções como se fosse sua fala, e ele responde do mesmo jeito (mais de forma meio atropelada, já que foi pego de surpresa), ainda assim, ele foi muito firme (tanto que me enganou), foi muito tocante, ao mesmo tempo em que causava alvoroço, arrancava verdadeiras gargalhadas do público, a forma como ela explorou o lado cômico do palhaço envolvendo emoção e paixão foi muito arrebatador, teve momentos em que eu ria e chorava ao mesmo tempo, notei que a plateia também estava contagiada pelo mesmo sentimento, foi algo que é muito difícil de descrever, só assistindo para ter noção do que eu estou tentando de forma um tanto boba por num pedaço de papel, ao final ela e o senhor foram ovacionados.
As luzes se apagaram e quando foi retornando percebi que duas das moças estavam suspensas em lençóis que desciam do teto e elas faziam movimentos de ginástica e equilibrismo no ar, envoltas apenas no tecido, foram depois transferidas para dois trapézios que estavam no centro do teatro, continuaram o número de equilibrismo e caminharam literalmente em umas cordas presas no teto, o sentimento foi único, indescritível, voltei no passado e lembrei de quando “tentei fugir com um circo”, foi  muito bom.
E foi com essa mesma sensação de perplexidade que continuei vendo o resto do espetáculo, confesso que não esperava sentir metade da emoção que senti. A apresentação era tão real que o serviço de bordo teve direito a salgadinhos, amendoim e suco em caixinha, foi o momento relax do show.
Tivemos até  uma simulação de turbulência encenada no palco pela palhaça e os carregadores de bagagens, as trepidações e desorganização foram bem realistas, e causaram boas risadas com eles tentando consertar a bagunça.
O número final foi espetacular, todas as moças estavam no palco, e cada uma usou um lençol que descia do teto e fazia acrobacias e ginástica todas num mesmo ritmo ou de três em três, mas sempre procurando estarem em sincronia, me senti como se estivesse no cirque du soleil, e as meninas nada deixam a desejar. Pena que a temporada foi curta, espero ter a oportunidade de ver novamente números iguais.
O comandante anuncia então o pouso da aeronave, pedem para que afivelemos os cintos de segurança, agradece pela preferência e enfim aterrissamos. Juntos os artistas se reuniram no palco e agradeceram ao público e ao espectador participante do número, e fim.

Por Silvia Rocha BI IHAC

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Palhaço e a Bailarina em cartaz no mês de Março no Teatro Molière!

Parabens pelos dez anos de palhaçaria!

Lady piriguete da avenida (Maquiagem: Fred Alvin)