prisão
Pra se conectar com alguém, descobrir e se familiarizar em que prisão psicológica ela se encontra, pode ser uma estratégia interessante. A ingênua suposição de que ela não esteja numa certa prisão não cabe neste raciocínio, mesmo que ela goze de uma liberdade aparentemente incondicional e ilimitada. Todos se encontram aprisionados a elos e cadeias afetivas, mesmo que esta cadeia afetiva vise sustentar unicamente vantagens materiais, como dinheiro, poder, sexo. O que na maioria das vezes não ocorre, sendo amizade, família e amor profissional companias comuns de nossas celas mentais. Ocorre que a complexidade de laços sociais e afetivas e padrões mentais e materiais entorno da vida de cada sujeito revelam suas tendências em maior e menor grau. Tendências que moldam e monitoram o seu modo de agir, circular, produzir afetos e gerar sociabilidades. Conhecer alguém, em última instância, é conhecer a sua prisão. Se o caminho de conhecer alguém é desejável, pra que temer entrar nas celas alheias? Sempre que entramos na cela de alguém, ao menos temos a oportunidade de desfrutar do prazer gerado pelo movimento de sair da nossa.
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